“O trabalho de um artesão se assemelha ao processo de elaboração de estratégias”
Você sabe quem escreveu isso? Ninguém menos do que o pai das estruturas organizacionais: Mintzberg, em 1987!
Em homenagem a ele, hoje vamos falar sobre estratégia organizacional, ou melhor, como construir um vaso estratégico.
O vaso é uma metáfora para estratégia, considerando a maleabilidade e flexibilidade que um administrador deve usar para atingir objetivos estratégicos, uma vez que objetivos devem ser claros, mas os caminhos podem ser “moldáveis”.
Como base, todo gestor deve definir inicialmente 3 pilares para sua estratégia, a missão, a visão e os seus valores (MVV).
A missão consiste na delimitação da essência da organização: por que ela existe, como trabalha e a quem pretende atender. A visão diz respeito ao ponto em que a empresa deseja chegar em determinado horizonte de tempo. E os valores são princípios norteadores da forma trabalho e que dão forma à identidade organizacional.
E onde o MVV se encaixa na nossa metáfora? Bem, podemos conectar a missão do MVV ao propósito do artista, os motivos que o levaram a realizar aquela obra. A visão, por sua vez, seria como a obra de arte que o artista espera entregar ao final do trabalho. E, por fim, os valores seriam princípios que o artista utilizaria para nortear seu trabalho diário e que, consequentemente, estariam refletidos na obra final.
Com estes pontos definidos, traçar uma estratégia organizacional se torna mais eficiente, pois saberemos onde queremos chegar e o que deve ser levado em consideração nessa trajetória. Para melhor estruturar essa estratégia, existe o Planejamento Estratégico.
O Planejamento Estratégico consiste em método estruturado de tomada de decisões que explica ações e recursos necessários para o alcance dos objetivos estratégicos de uma organização ou da sua visão (RIGBY, 2009).
Essas decisões acabam sendo interdependentes e levam a uma sequência de decisões levando em consideração várias consequências.
Kaplan e Norton (1997), grandes referências em Planejamento Estratégico, idealizaram uma metodologia chamada Balanced Scorecard (BSC) que integra a estratégia em suas diversas perspectivas e as comunica com os processos e sistemas da organização.
Nesta metodologia, Kaplan e Norton (1997) propuseram a utilização de um Mapa Estratégico, que consiste em uma representação visual dos objetivos da empresa, demonstrando a relação entre todos eles
Os objetivos são agrupados de acordo com diferentes perspectivas. As mais utilizadas nessa metodologia são: Aprendizado e Crescimento, Processos Internos, Clientes e Financeiro – elas dão base umas para as outras, nessa ordem.
Além disso, todos os objetivos devem levar ao alcance da visão a qual a empresa se propõe, e também é muito importante que sejam definidas iniciativas claras para o alcance desses objetivos e indicadores que permitam a mensuração se, de fato, as metas estão sendo alcançadas da forma como foram planejadas.
Veja abaixo um exemplo de BSC do SENAI:
Em seus estudos, Kaplan e Norton (1997) aplicaram a ferramenta em mais de 200 organizações e pode-se perceber que, após a sua introdução, a maioria das empresas obteve aumento no desempenho organizacional, o que demonstra a importância deste tipo de ferramenta para gerenciamento da estratégia organizacional.
Vale ressaltar que esta não é a única metodologia para o gerenciamento da estratégia. Uma outra metodologia é a Objective Key Results (OKR), na qual serão definidos os objetivos importantes para a organização e, ao mesmo tempo, os indicadores para mensurar o alcance de cada um deles.
Essa metodologia tem feito sucesso para a realidade de Startups e de empresas de tecnologia, pois é menos robusta e pode ser feita de forma mais ágil. E além dela, existem outras, e a definição da melhor ferramenta para a empresa deve ser bem analisada.
Isso porque, ainda mais importante do que criar o Planejamento Estratégico, é conseguir implementá-lo com sucesso no dia a dia da empresa. Por isso, a metodologia escolhida deve permitir que a gestão da estratégia ocorra dentro das possibilidades da empresa.
Na AD&M Consultoria Empresarial nós realizamos essa análise da realidade da empresa a fim de delimitar as melhores ferramentas para auxiliá-la a traçar seus objetivos e o caminho para alcançá-los.
A partir dessa definição podemos, então, em conjunto com nossos clientes, analisar a realidade externa e interna da organização e posteriormente construir uma estratégia personalizada para a organização maximizar seus resultados.
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Referências
MINTZBERG, H. Crafting Strategy, Harvard Businees Review, n.87407, july-august, 1987
RIGBY, D. K. Ferramentas de Gestão: Um Guia para Executivos. São Paulo, Bain & Company, 2009.
Criado por: Eduardo Damico
Atualizado por: Ana Monclair
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